As pessoas estão carentes

Hoje o mundo pede tanto de nós e oferece tanto prá nós, porém somos carentes. Carentes de conversa, carentes de momentos felizes e de pessoas mais presentes na nossa vida.

Toda essa tecnologia que vemos e temos hoje parece que tirou o nosso tempo! O que era feito prá facilitar fez com que tivéssemos menos tempo livre para as coisas mais simples da vida...

O que está errado? Vivemos uma vida que nos oferece conforto, facilidades e coisas jamais sonhadas antes.

Se temos tanto ao mesmo tempo que muitos não têm, porque nos sentimos vazios? O que está faltando???

É preciso olhar para o que temos e agradecer, pois mesmo que não seja o que sempre quisemos, certamente se olharmos ao lado, é infinitamente melhor do que não ter nada.

Reclamamos de nossa família, reclamamos do nosso emprego, do nosso mundo, da falta de dinheiro.

Ora! Em primeiro lugar, é necessário mudar de atitude e fazer algo prá melhorar o que nos incomoda. Ao mesmo tempo, é preciso mudar de perpectiva e procurar a felicidade dentro de nós, sem depender de fatos, objetos e pessoas para se sentir preenchidos.

Desde crianças somos levados a consumir, querer mais, a precisar de coisas que de fato não precisamos.

Para viver, é necessário ter onde morar, ter com que se alimentar, se higienizar e ter momentos de lazer. Partindo desse princípio, tudo o que foge desse padrão é luxo. Vejam bem, não estou aqui pregando que temos que aceitar o que somos e parar por aí. O que quero dizer é que nos sentimos vazios por não termos coisas que não precisamos!

É uma frutração enorme para muitos não ter o melhor carro, morar em um lugar de luxo, não ter as melhores roupas, mas isso pela ideia de que precisamos consumir cada vez mais. Vivemos numa época onde sempre tem um computador melhor do que o nosso, um celular mais moderno, um carro mais possante e de repente tudo o que temos parece ínfimo!

É essa mentalidade de consumir, consumir, ter, poder, que precisa ser repensada.

Talvez falte a vontade de dividir o que temos...nem que isso que temos seja simplesmente um tempo passado com alguém, uma palavra ou um sorriso.

É preciso parar com esse ideal de levar vantagem em tudo, enquanto temos tempo. Precisamos aprender a se doar sem esperar retorno e a ajudar apenas pelo simples prazer de tornar alguém feliz.